sexta-feira, 22 de março de 2013

#PROVADAÁGUA

·        Procuro Inovar nas atitudes


Dizem que índio quando se pinta quer guerra neh? Mas eu mesma só quero paz, e quem quer paz não faz guerra com ninguém.
Depois de ter escutado, dançado, cantado e homenageado varias etnias e comunidades na oficina que fui ministrar na Ilha do Marajó, hoje acordei mais ligada as raízes e por isso comecei além de inovar em minha visão de mundo diferente, resolvi mudar o visú e fui trabalhar toda Maranauense. Interessante o que duas penas na cabeça podem fazer em sua alma no seu sentir. Depois deste encontro, mais do que nunca, tenho muito orgulho da minha gente e vejo que nossa mistura nos faz mais fortes porque onde um é menos vem a outra qualidade que o torna mais. Me lembrou aquela música do Roberto Carlos:

Se as flores se misturam pelo campo, é que flores diferentes vivem juntas...”



·        Tenho meus valores, crenças, mas estou aberto para o desconhecido

Participei de uma oficina de Cantigas de ninar indígenas com Puyr Tembé e eu que pensei que ia só escutar musiquinhas infantis saí de lá transformada. Porque muito além das musicas, ela nos falou sobre os problemas que nossos índios que estão somente às 4hs da minha cidade passam, de suas terras ocupadas em 70% por fazendeiros e outros, das doenças, das lutas ambientais e tantas coisas que nem perpassavam pela minha cabeça. Mas também falou do sistema “escolar” indígena atual, como eles aprendem, suas festas, sua cultura, falou das índias que não se parecem com o estereotipo indígena que nos conhecemos pois estão na região sudeste e devido a colonização elas são louras, de olhos claros, mais são índias...do porque algumas etnias são tão ricas e outras miseráveis e conseguiu me mostrar que não é pelo fato de serem índios que terem que viver no atraso, merecem sim o acesso a tudo que temos, mas com a diferença de nunca esquecerem quem são, pois este pensamento é um ranço colonialista. E desconfiada de tudo e de todos como eu, conseguimos nos aproximar e foi aí que eu perguntei o que podíamos fazer além de continuar cantando e dançando esta linda cultura, o que poderíamos fazer pra ajudá-los no momento. Ela me disse que além de contarmos a história como ela realmente é, se podíamos, pela passagem do dia do índio, onde eles sempre comemoram, mas com jogos indígenas, onde gostariam de levar presente as crianças da aldeia como premio nos jogos, como roupas, brinquedos e livros de outras culturas mesmo, pra eles conhecerem, se poderia estar levantando isso doando e participando da festa com eles.
Fiquei lisonjeada.




·        Posso articular redes sociais e mobilizar pessoas para uma causa

Foi daí que nasceu o segundo ponto, falei com a minha amicíssima, professora Salime Khaled da escola CEAI e que mui generosamente topou de cara a campanha e me pediu somente pra que eu fizesse um cartaz de divulgação. Eu montei o cartaz, falei do ponto de entrega e joguei na rede social em diversos locais pra que possamos estar dando essa força pra festa dos Tembé Tenehara. Não sei se conseguirei levar tudo pras 80 crianças, este será meu novo desafio, mas quem foi que falou que eu não gosto de desafios???

“Obstáculos e dificuldades fazem parte da vida. E a vida é a arte de superá-los.”
(Mestre DeRose)



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